Num dia tipicamente normal a pessoa acorda, confere o App que monitora o sono, dá uma olhada se recebeu mensagens enquanto dormia, consulta a agenda do dia enquanto toma café da manhã e aproveita pra dar uma espiada nas redes sociais. Ao sair de casa sincroniza o Waze ou confere o horário do ônibus em algum App de transporte.
No caminho para o trabalho vai escutando um podcast, revendo a apresentação de slides que precisa enviar ao cliente ou ainda passando mensagens com instruções para a equipe. Uma notificação avisa sobre o desconto em um livro que a pessoa desejava e ela já faz a compra com um clique. Isso a lembra que precisa reservar os ingressos para a peça de teatro que irá ver no final de semana.
Conexão Everytime & Everywhere
Essa situação hipotética poderia ser estendida pelo dia todo, mas o que pretendo destacar aqui é a quantidade de interações que fazemos com nossos smartphones. Seja para trabalho, estudo, entretenimento, comunicação ou lazer; nós acionamos nossos dispositivos móveis para realizar todo o tipo de tarefas cotidianas. A Convergência Digital é o fenômeno de concentrar todas essas funções num único aparelho, porém ele não seria tão eficiente se não estivéssemos conectados o tempo todo.
Daí vem o conceito de conectividade, Megatendência da Transformação Digital que se refere à disponibilidade de um dispositivo para ser conectado a outro ou a uma rede. Dessa forma são criadas conexões entre dispositivos, sensores, máquinas e softwares. Somada ao conceito de Internet das Coisas a Conectividade se dá para tudo e todos, em qualquer lugar e a qualquer momento.
Aplicações da Conectividade no cotidiano
As atividades com smartphone descritas no primeiro parágrafo representam apenas um aspecto da Conectividade. A evolução acelerada das tecnologias transformadoras possibilitou implantar sensores inteligentes nas roupas, acessórios, objetos, máquinas, carros, casas e equipamentos urbanos.
Aqueles vídeos futuristas em que os dispositivos conectam carros, pessoas e lares em rede já são realidade. O futuro já chegou e muitas pessoas nem perceberam. Nas indústrias a tecnologia já opera no sentido de otimizar todas as fases da cadeia produtiva, baseadas em interoperabilidade, virtualização, descentralização, informações em tempo real, computação em nuvem e modularização, digitalizando produtos, processos e equipamentos.
Todos esses dispositivos, sensores, equipamentos e máquinas conectados geram uma miríade de dados operacionais e de desempenho, o chamado BigData. Esse imenso volume de dados auxilia na otimização dos processos e nas tomadas de decisão para aumento da produtividade e de novas oportunidades de receita. Essa orientação de e para dados se tornou conhecida como Data Driven e define as empresas que adotaram a análise de dados como Vantagem Competitiva.
Desatios da Conectividade
Apesar das maravilhas aqui descritas, existem alguns desafios. No âmbito pessoal a natureza imediatista da Conectividade cria um misto de ansiedade e pressão para que os usuários respondam às notificações de mensagens instantaneamente. Nas empresas a adoção de tecnologias inovadoras aplicadas às máquinas e processos nem sempre é acessível.
A boa notícia é que, graças a uma outra megatendência, a escalabilidade exponencial, todos esses recursos estão se barateando rapidamente. Enquanto não estejam totalmente acessíveis, cabe às empresas focarem na transformação de sua cultura organizacional, adotando uma mentalidade digital preparada para lidar com a conectividade em alta escala.