O Itaú será o primeiro banco do Brasil a negociar debêntures tokenizadas em blockchain. A ação é fruto de uma parceria inédita com a Vórtx QR Tokenizadora.
No início do mês de junho o Itaú anunciou uma operação inovadora. Ela representa um marco para o mercado de capitais brasileiro. Em seu processo de transformação digital o banco irá coordenar a emissão de debêntures tokenizadas em plataforma blockchain. O anúncio também incluiu outros emissores de ativos que foram selecionados para participar do projeto. Entre eles, os primeiros serão Itaú BBA e o fundo de crédito da QR Asset.
O Itaú ficou responsável por inaugurar o procedimento. Realizou a primeira emissão desse tipo no país. Logo após a inauguração oficial, uma segunda emissão de cotas foi realizada. DEssa vez pelo QR RISPAR CRÉDITO CRIPTO. A proprietária desse fundo de direitos creditórios é a QR Asset, que já opera investindo em Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) garantidas por Bitcoin. Mesmo em poucos dias de operação, ao todo já foram tokenizados e disponibilizados ao público mais de R$ 8 milhões em contas do fundo. Com essa emissão, o FIDC da QR Asset se torna o primeiro fundo regulado tokenizado da América Latina.
Desafios e inovação com Blockchain
Todo esse processo já vem sendo ensaiado há mais de um ano no Sandbox regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A própria Vórtx QR Tokenizadora foi uma das empresas participantes desse Sandbox em projeto que definiu as diretrizes para a emissão de valores mobiliários tokenizados.
Com essa tokenização aprovada pela CVM e executada dentro do seu próprio Sandbox, o varejo passa a ter acesso a mais formas de investimento. Já que os ativos como debêntures e fundos específicos só eram disponibilizados para alguns poucos investidores.
Para operacionalizar essa operação inédita foi selecionada a Hathor Network. Uma blockchain desenvolvida por engenheiros brasileiros.