A nova carteira de identidade nacional atinge nesta sexta, 14/7, 1 milhão de novos documentos emitidos. Junto com esse marco, o sistema passa por uma mudança técnica importante, com a troca do batimento de informações por APIs pelo uso da plataforma de blockchain B-Cadastro, do Serpro e da Receita Federal.
“Estamos atingindo 1 milhão de emissões, com 12 estados integrados. Vamos mudar a estrutura, com o CPF como login único. E vamos sair de uma solução de comunicação via API por uma solução de blockchain com o Serpro como parceiro. Isso permitirá uma maior celeridade na troca de informações e de atualização da situação do CPF”, revela o secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão, Rogério Mascarenhas.
Segundo ele, a troca tornará mais barata e simples a adesão dos demais estados ao projeto da CIN, inclusive São Paulo. Por isso está mantida a data de 6 de novembro para que todos as 27 unidades da federação passem a emitir o novo documento – data que era em março, mas foi adiada quando eram ainda apenas 8 os estados preparados.
Adaptações por Estados
“Hoje é um processo via API e está indo para um processo blockchain. Os estados estão se adaptando a isso, inclusive São Paulo. Na medida que a gente mude essa forma de interação, a adesão será natural. Essa mudança minimiza custos internos para emissão do documento e robustece melhor, se tornando uma via de mão dupla para efeito de atualização do CPF e de ajuste que precisar ser feito. Reduz custo e melhora a eficiência do processo”, disse Mascarenhas.
Nesta entrevista exclusiva à CDTV, do portal Convergência Digital, o secretário destacou que o projeto da nova identidade é central na estratégia de governo digital. “Queremos entregar a cada cidadão brasileiro um token de identificação, conectado com o Gov.br, onde possa estar exercendo seu direito, perfeitamente identificada”, afirmou.
“A nova carteira atua como um token. Em cima dela, o mecanismo de autenticação e assinatura é o Gov.br. É importante ter padrões de segurança nesses dois layers. Imaginamos que em 3 anos e meio, no ciclo de governo fechado, tenhamos uma aceleração da distribuição das novas CINs, que já sai com a possibilidade de a pessoa ser ‘ouro’, tendo um cidadão perfeitamente identificado, capaz de exercer direitos e cumprir deveres no mundo digital de forma plena. Essa é a grande meta.”
Fonte: Convergência Digital